maio de 2020

Maria Teresa Horta

Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa, a 20 de maio de 1937. Escritora e jornalista é conhecida como uma das mais destacadas feministas portuguesas. É oriunda, pelo lado materno, de uma família da alta aristocracia portuguesa, tendo entre os seus antepassados a célebre poetisa Marquesa de Alorna.

Frequentou o Liceu D. Filipa de Lencastre e estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi casada, em segundas núpcias, com o jornalista Luís de Barros, de quem tem um único filho, Luís Jorge Horta de Barros.

Dedicou-se ao cineclubismo, como dirigente do ABC Cine Clube, ao jornalismo e à questão do feminismo tendo feito parte do Movimento Feminista de Portugal juntamente com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, as Três Marias. Em conjunto lançaram o livro Novas Cartas Portuguesas, que, na época, gerou forte impacto e contestação. Teresa Horta também fez parte do grupo Poesia 61.

Publicou diversos textos em jornais como Diário de Lisboa, A Capital, República, O Século, Diário de Notícias e Jornal de Letras e Artes, tendo sido também chefe de redação da revista Mulheres. Esta revista, um projeto pessoal de Maria Teresa Horta, tinha um forte cunho feminista e essencialista.

A 8 de março de 2004 foi feita Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa, Jorge Sampaio. Em 2011, foi galardoada com o Prémio D. Dinis, da Fundação Casa de Mateus pela sua obra "As Luzes de Leonor.

 

Bibliografia

Estreou-se na poesia em 1960 a sua obra poética foi coligida em Poesia Reunida (Dom Quixote, 2009), obra que lhe valeu o Prémio Máxima Vida Literária. Em 2012, publicou As Palavras do Corpo – Antologia de Poesia Erótica e no ano seguinte, A Dama e o Unicórnio: Em 2016, Anunciações, vencedor do Prémio Autores SPA / Melhor Livro de Poesia 2017. Poesis, em 2017, Estranhezas, em 2018 e a antologia Eu sou a Minha Poesia, em 2019, que é o seu mais recente livro.

É ainda autora dos romances Ambas as Mãos Sobre o Corpo, Ema (Prémio Ficção Revista Mulheres) e Paixão Segundo Constança H., e coautora com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, de Novas Cartas Portuguesas. Ao seu romance As Luzes de Leonor, a Marquesa de Alorna, uma sedutora de anjos, poetas e heróis (2011), foram atribuídos os prémios D. Dinis e Máxima de Literatura.

 

Poesia
  • Espelho Inicial (1960)
  • Tatuagem(1961)
  • Cidadelas Submersas(1961)
  • Verão Coincidente(1962)
  • Amor Habitado(1963)
  • Candelabro(1964)
  • Jardim de Inverno(1966)
  • Cronista Não é Recado(1967)
  • Minha Senhora de Mim(1967)
  • Educação Sentimental(1975)
  • As Mulheres de Abril(1976)
  • Poesia Completa I e II (1960-1982)(1982)
  • Os Anjos(1983)
  • Minha Mãe, Meu Amor(1984)
  • Rosa Sangrenta(1987)
  • Antologia Poética(1994)
  • Destino(1998)
  • Só de Amor(1999)
  • Antologia Pessoal - 100 Poemas(2003)
  • Inquietude(2006)
  • Les Sorcières - Feiticeiras(2006) edição bilingue
  • Cem Poemas + 21 inéditos(2007)
  • Palavras Secretas (Antologia)(2007)
  • Poemas do Brasil(2009)
  • Poesia Reunida (1960-2006)(2009)
  • As Palavras do Corpo (Antologia de poesia erótica)(2012)
  • Poemas para Leonor(2012)
  • Poesis(2017)
  • Estranhezas(2018)
  • Eu sou a Minha Poesia (2019)

 

Ficção| Romance
  • Ambas as Mãos sobre o Corpo(1970)
  • Novas Cartas Portuguesas(1971) (obra conjunta))
  • Ana(1974)
  • O Transfer(1984)
  • Ema(1984)
  • A Paixão Segundo Constança H.(1994)
  • A Mãe na Literatura Portuguesa(1999)
  • As Luzes de Leonor(2011)
  • A Dama e o Unicórnio(2013)
  • Meninas(2014)