outubro de 2020 Oscar Wilde Oscar Wilde nasceu em Dublin, Irlanda, no dia 16 de outubro de 1854, tendo-se consagrado como autor do famoso livro “O retrato de Dorian Gray”, o seu único romance, considerado uma das mais importantes obras da literatura inglesa. Escreveu, ainda, diversas novelas, poesias, contos infantis e dramas. Algumas das suas frases (irónicas e sarcásticas) continuam a ser citadas em todo o mundo. Oscar Fingal O'Flahertie Wills Wilde era filho do médico Willian Wilde e da escritora Jane Francesca «Speranza» Wilde, defensora do movimento para independência irlandesa, tendo crescido rodeado de intelectuais. Criado no protestantismo, converteu-se ao catolicismo. A ARTE PELA ARTE Entre 1874 e 1878, Oscar Wilde estudou na Magdalen College de Oxford, na qual recebeu o prémio Newdigate de poesia com o poema “Revenna”. Nessa época, lançou os fundamentos do movimento estético A Arte Pela Arte que, posteriormente, veio a ser designado por “Dandismo”, visando transformar o tradicionalismo e a rigidez social da "Época Vitoriana". Depois de licenciado, Oscar Wilde fixou-se em Londres onde levava uma vida extravagante, quase anarquista, personificando um verdadeiro “dândi”. Em 1881, foi editado o livro “Poemas” no qual reuniu as suas primeiras poesias que estavam dispersas em vários jornais e revistas. Em 1882, foi convidado para ir aos Estados Unidos para uma série de palestras sobre o movimento estético Dandismo. Contudo, em 1883, vivendo em Paris e relacionando-se com Verlaine e outros escritores, acabou por abandonar o dito movimento estético do qual fora fundador. De volta à Inglaterra, Oscar Wilde casou-se com Constance Lloyd, filha de um advogado bem sucedido de Dublin, tendo o casal passado a residir em Chelsea, bairro dos artistas londrinos. Tiveram dois filhos que, mais tarde, vieram a renegar o nome do pai. PRODUÇÃO LITERÁRIA Os anos mais produtivos de Oscar Wilde foram entre 1887 e 1895, período em que publicou poemas, contos, novelas e dramaturgia. Em 1888, publicou o livro de contos “O príncipe feliz”, que teve muita aceitação, mantendo-se, até hoje, extremamente popular. Em 1891, publicou a obra prima "O retrato de Dorian Gray", o seu único romance que retrata a hipocrisia da sociedade inglesa vitoriana e continua a ser um de seus livros mais editados e lidos em todo o mundo. Como autor de teatro, Oscar Wilde renovou a dramaturgia vitoriana com as obras “Salomé” (1891), escrita em francês, “The importance of being earnest: a trivial comedy for serious people (1895), considerada excecional no género e, por isso, até hoje muito encenada e cujo título original encerra um jogo de palavras entre earnest (sério) e Ernest (Ernesto). JULGAMENTO E PRISÃO Em 1895, o marquês de Queenberry iniciou uma campanha difamatória em jornais e revistas acusando Wilde de tentar ter um caso amoroso (homossexual) com Lord Alfred Douglas, filho do marquês. Wilde tentou defender-se com um processo contra Queenberry, mas sem sucesso. No dia 27 de maio de 1895, foi condenado a dois anos de prisão e trabalhos forçados por atentado ao pudor. As inúmeras petições de clemência solicitadas por setores progressistas e pelos mais importantes círculos literários europeus não foram suficientes para a sua libertação. Os elevados custos deste processo judicial levaram-no à falência. Oscar Wilde viu a sua fama desmoronar, os seus livros foram recolhidos e as suas comédias retiradas do cartaz dos teatros. Na prisão, escreveu "A balada do cárcere de Reading" e "De profundis" (1905), uma longa carta destinada a Lord Douglas, o causador de toda sua desgraça. Libertado no dia 19 de maio de 1897, fixou-se em Paris, passando a usar o pseudónimo "Sebastian Melmoth". O resto dos seus dias viveu-os em hotéis baratos e, frequentemente, embriagado. Oscar Wilde morreu em Paris, vítima de meningite, no dia 30 de novembro de 1900. CITAÇÕES Algumas frases de Oscar Wilde continuam a ser repetidas à exaustão, entre elas: A vida é muito importante para ser levada a sério. Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal. Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje tenho certeza. Um homem pode viver feliz com qualquer mulher desde que não a ame. A arte nunca exprime nada que não seja ela própria. BIBLIOGRAFIA Ravena - 1878 Vera - 1880 Niilistas - 1880 A duquesa de Pádua - 1883 O príncipe feliz - 1888 O rouxinol e a rosa - 1888 O gigante egoísta - 1888 O fantasma de Canterville - 1888 O crime de lord Artur Savile - 1888 O retrato do Sr. W. H. - 1889 O retrato de Dorin Gray - 1891 A alma do homem sob o socialismo - 1891 O leque da lady Windermere - 1892 Uma mulher sem importância - 1893 A importância de ser prudente / The importance of being Earnest - 1895 Um marido ideal - 1895 De profundis - 1897 A balada do cárcere de Reading – 1898 Fonte: https://www.ebiografia.com/oscar_wilde/ Voltar!